segunda-feira, 30 de março de 2020

A vida fora de rotina que nem sempre queremos cumprir.

Desde que meus meninos eram bebes se havia uma coisa que os pediatra pregava entre outros tantos educadores era de que a criança precisava de uma rotina , isso ajudaria eles a se encaixar no padrão de sua família, no seu modo de vida e também a entender como as coisas funcionam na sociedade.
E assim eu fiz, criei rotinas que após alguns anos e eles mais independentes cada um a sua maneira foi criando a sua própria rotina, quase tudo encaixado na vida, quase tudo pois não ha eixo que fique 100% correto quando se trata de vida e quando esse fato de viver a vida não depende exclusivamente de nós .
Agora temos de nos reinventar, a novas rotinas, inovar, fazer as coisas fluírem de modo que seja benéfica para nós mas também para outros, nunca, eu acho em momento nenhum, foi tão necessário sermos solidários com estranhos como estamos prontos a ser hoje, pelo menos a  maioria de nós.
Hoje mudamos a rotina, aceitamos algumas coisas, não somente por nós, mas por todos os outros que nunca vimos, não conhecemos, mas cruzamos com eles vez ou outra nessa vida, nos locais mais costumeiros de andarmos como supermercados por exemplo.
É difícil ditar novas rotinas a quem viveu uma vida na sua própria, os idosos são trabalhosos, e eu os entendo, também não gostaria a certa altura da vida ter alguém me dizendo onde e como ir se posso ou não, ja não gosto disso hoje, imagino daqui uns anos, onde a maturidade nos traz o melhor beneficio de todos que é sermos donos de nosso nariz, porque os filhos estão criados e respondem por si vivem suas vidas, e por incrível que pareça é o momento de vivermos a nossa, no caso eles a deles.
Mas a coisa é seria e com jeito é necessário se fazer entender, nem sempre é possível, tenho pessoas assim na família, e relatos de todos que conheço, o que posso fazer?? Rezar, e é tudo o que faço, minha mãe foi mais fácil de convencer, o segredo esta em manter a mente ocupada, com costura, crochês, boas leituras, mas sei que para a grande maioria isso não é possível.
Também entendo que diante do caos instalado aos 4 cantos do mundo, um numero aqui no Brasil esteja tão preocupado com a politica, que na minha opinião deveria ser uma das coisas menos importantes, pois dessa vez foi possível perceber, que para essa doença não ha rico ou pobre, politico, ou não politico, famosos ou anônimos, para o COVID-19 somos todos um hospedeiro em potencial.
Muito triste ver a disseminação das noticias e ações das pessoas, tão preocupadas com próprio umbigo, incapazes de ver que esse momento é o menos indicado pra discussões sejam elas de cunho politico e religioso, o que importa é cuidar de nós mesmos, pois fazendo isso estaremos cuidando dos outros, é quase matemático , na verdade é certeiro.
Por hora nos pediram 15 dias, eu fico bem de boa na minha casa, eu curto estar em casa, tenho aceitado sugestões de não permanecer de pijama o dia todo, levantado no mesmo horário e trabalhado daqui de casa na medida do possível, não sei se ficarei bem assim mais 15 dias, sinto falta dos exercícios, da corrida no parque, da piscina do clube, mas sei que um bem maior esta a caminho e acreditar nisso e pensar muito positivo a respeito me faz levantar todos os dias e seguir em frente da minha melhor maneira, tenho percebido a necessidade de ser dócil comigo mesmo, minha pessoa, meu ser, cuidar de mim passou a ser minha prioridade embora eu tenha filhos que precisam de mim, senti com certo alivio que as asas deles cresceram e que posso permiti um voo ou outro sem que eu seja acessada, solicitada, e esta tudo bem é a vida seguindo seu ciclo, sua rotina atual.
Mas com tudo isso que esta acontecendo o que tem me deixado muito pasma comigo mesmo é a certeza, de que como eu precisava de cuidado, um cuidado que so eu posso ter, que não é responsabilidade de ninguém a não ser eu mesmo, e tenho aproveitado pra ter esse cuidado minuto a minuto, sempre que possível e estou totalmente grata por isso!

Um comentário:

  1. Amiga, neste momento não existe mesmo alternativa. Temos de ficar em casa. Criar rotinas ajuda a suportar o isolamento forçado. Beijo

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