quinta-feira, 2 de julho de 2015

Loucuras da vida (PARTE IX)

Depois de deixa-lo no hotel e ir contar tudo para Ju, fui pensando em como ele reagiu com minha exposição sobre algo tão intimo, na verdade, eu não havia parado para pensar nesse ponto, e eu não me lembrava de que relacionamentos levava a gente para pontos de desejo tão secretos e no meu caso, tão adormecidos.
Chegando à casa da Ju sentamos e contei tudo a ela, cada detalhe do qual me lembrei, e só quando contei sobre minha maior declaração do dia ela perguntou:
-E como ele reagiu, ao saber que a namorada que ele deixou aos dezessete anos, se encontra tão virgem aos 28 anos como ele deixou?
Começamos a rir, a Ju tinha um jeito engraçado de falar certas coisas.
-Primeiro, acho que ele duvidou, depois, ele tentou entender, depois que conseguiu, acho que ele pensou que só pode ter ganhado na loteria!
Rimos de novo.
-É foi como pensei, e ai, o que rola agora?
-Bem eu vou esperar ele me ligar, e se isso acontecer vou convida-lo para uma pequena viagem a Campos de Jordão, e ai vamos de namorinho ver onde isso vai dar.
-Claro que ele vai ligar né, isso não tenho duvida, ele disse sobre ir embora, ou melhor, ter de voltar já que, ele tem uma empresa por la?
-Pelo que entendi, ele quer vir embora pra ca, mas eu não fiquei muito em cima sobre o assunto futuro.
E no fundo percebemos que eu estava certa que o que valia mesmo era o hoje, o agora, o futuro eu ia deixar para o futuro, ou até quando fosse o melhor momento para discutir ele.
Eu voltei para casa em uma felicidade sem tamanho, algo que eu não sentia há muito tempo, e então eu vi que na verdade eu sempre o amei, eu só havia trancado esse sentimento dentro de mim, afim de me poupar, mas que agora Deus estava sendo justo comigo e trazendo de volta o amor da minha vida me dando a possibilidade de continuar.
Entrando em casa, o telefone estava tocando, era ele, me ligando para dizer que estava com saudade, e perguntando se poderia me ver no dia seguinte.
Então expliquei a ele que aquela era minha ultima semana de férias, e eu gostaria de aproveitar alguns dias, fazendo uma pequena viagem por aqui mesmo, e o convidei, o que foi aceito de imediato, combinei com ele o horário que passaria para pegá-lo, e que tomaríamos café pela estrada.
E foi assim com o coração transbordando de alegria por todas as emoções daquele dia, que mais uma vez eu fui fazer uma pequena mala, ouvindo musica e tomando uma boa taça de vinho, para ver se o efeito do mesmo me ajudaria a cair em um sono mais que necessário.
PARTE X
As nove horas, como combinado eu o esperava em frente ao hotel, ele saiu todo sorridente e eu de dentro do carro não sorria menos.
Então desci e dei a ele a chave, dizendo:
-Espero que não se importe de dirigir para mim, é tão bom poder ter alguém ao volante enquanto vamos observando a paisagem, você não acha?
Pegando a chave sorrindo ele respondeu:
-É você tem razão.
Ao entramos no carro,ele me deu um beijo e me disse :
-Quais as coordenadas?
Apertando o play do GPS no painel do carro, eu disse:
-Siga o Jarbas!
Rindo ele me olhou dizendo:
-Você deu nome ao seu aparelho de GPS?
-Sim eu dei! Confirmei com ar autoritário e caindo na risada um segundo depois.
-Você não existe! Ele disse dando partida no carro, e ao sair da zona do hotel o Jarbas  já começou a dar instrução do trajeto.
Paramos em um posto de serviços que serve um café colonial muito bom, e a conversa fluiu de forma muito natural, madura, parecia que nunca houve um tempo de distancia entre nós.
Rimos muito no caminho e ele foi me contando sobre como é viajar nas estradas de outros países que ele conheceu as aventuras as quais ele viveu, me falou sobre os amigos dele, e eu fui junto com ele contando coisas a meu respeito sobre meu trabalho, minha vida, sobre minhas experiências de viagem.
Ao chegarmos na pousada onde eu pretendia que ficássemos rolou  algo que eu juro que não havia pensado, na hora do check in, o recepcionista fez ficha para um quarto, e no momento eu nem me liguei nesse detalhe eu simplesmente peguei a chave subi, foi somente ao abrir a porta e deparar com a cama de casal no quarto que eu percebi, e então e disse a ele:
-Nossa Lê, somente agora que eu percebi esse lance da cama, eu não pensei sobre isso..
-Ok Lice, por mim esta tudo ótimo – Ele disse sorrindo de orelha a orelha, eu pude perceber que se eu não havia pensado sobre isso, ele pensou.
-Mas assim, não sei o que dizer, mal sai com você e já tipo vamos dividir a mesma cama? O quarto ok, mas a cama, sei la meio estranho – eu comentei mais preocupada do que ele ia pensar a respeito do que qualquer outra coisa, porque no fundo eu gostei da ideia.
-Lice, sei que temos que ir com calma, mas somos adultos e não acontecera nada que não for da vontade de nós dois, estou disposto a te respeitar se é isso que você quer, é o que eu quero, estamos recomeçando e desta vez quero que seja perfeito.
E ai em um impulso pela primeira vez foi eu que me aproximei dele, o segurei pelo colarinho do casaco e o beijei, com vontade, com muita vontade. E ao fim desse beijo, ele disse:
-Olha só quem apareceu?
-Quem? Perguntei com duvida.
-A Lice, que nunca precisou que ninguém tomasse a atitude por ela, a Lice, que sempre decidiu o que fazer e quando bem entendesse, a Lice que eu amei e amo tanto, essa mesma Lice que estou com ela aqui nos meus braços!
-Você é um bobo! Falei me afastando e um pouco envergonhada.
Decidimos que iríamos almoçar mais ao centro de Campos e então fui tomar um banho, e depois de mim ele foi.
Nenhuma tentativa desesperada, nenhuma ação que me fizesse sentir acuada, pelo contrario, eu estava muito feliz ali com ele, e eu queria curtir aquele momento, eu queria ser feliz pelo menos desta vez, e eu me permitiria isso, porque eu já não era mais uma moça de dezessete anos, mas uma mulher de vinte e oito, enfim eu iria me doar como fosse preciso, e se eu achasse que ali seria o momento naqueles três dias que programamos para esse passeio eu iria me entregar a ele, se estava esperando a pessoa certa, comecei a ter certeza que essa pessoa era ele.

NA VISÃO DE ALESSANDRO VI

Eu não esperava que as coisas fossem  acontecer tão naturalmente como estava sendo, a principio vi que a Lice estava meio insegura, e eu entendia, mas depois ela pareceu determinada a dar uma nova chance a nós dois e isso me deixou em êxtase, e eu faria de tudo para vê-la feliz.
Quando ela me convidou para um passeio de 3 dias no interior de São Paulo, eu não pude deixar de sentir uma alegria sem igual, uns dias só eu ela, juntos, e eu esperava que fosse no mesmo quarto, mas a respeitaria, respeitaria o momento dela.
E quando mesmo que sem querer, eu vi que na inocência dela acabamos ficando aqui no mesmo quarto, eu simplesmente não podia pedir mais nada só saber agir.

Em quanto ela tomava banho para irmos almoçar, parecia que eu estava vivendo um sonho eu não acreditava que eu estava ali com ela, vivendo aquele momento, mas de uma coisa eu sabia eu iria fazer de tudo para vê-la feliz, para fazê-la feliz.

3 comentários:

  1. Marilda...nos seus textos...bem descritivos...sinto-me envolvida neles o que determina que você escreve com paixão!!! Parabéns e bj

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  2. Maria que alegria ler comentários como o seu, por que sinto que consigo passar o que sinto quando escrevo, desde muito tempo sempre foi meu grande sonho, quem sabe um dia consigo lançar um grande romance, ideias não me faltam...gde bjucas e obrigada por passar por aqui me prestigiando!

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  3. Marilda, minha querida!

    Tudo bem? Obrigada por sua visita e comentário. Todas nós, merecemos uma noite daquelas e um banho como o k você refere aqui em sua história.
    Te deixei comentário na parte IV e a partir daí, não li mais, mas prometo k o irei fazer, pke estou interessada em saber meandros, etapas, pormenores.

    Você é como eu: ficamos tão empolgadas qdo escrevemos, k nem damos pela extensão de nosso escrito, mas nos dá prazer escrever, eu sei.

    Essa parte eu li, e acabou tudo muito bem. Olha, mas pra mim, história de amor tem de acabar bem, caso não, não é história de amor.

    Gosto dos pormenores na sua escrita, dos diálogos, dos encontros, dos sabores, enfim, até parece k estamos vivendo a "coisa" com as personagens. Parabéns!

    Beijos.

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