Síndrome do Pânico.
Eu já havia ouvido falar da síndrome do pânico algumas vezes
e tenho uma tia que sofre deste mal há muitos anos, quando isso ainda era
novidade e muito pouco se ouvia a falar a respeito, na verdade ainda muito
pouco se fala a respeito.
Eu não sou expert no assunto, mas vou deixar meu relato aqui
a respeito do mesmo, minhas experiências, e como estou a dois anos e meio sem nenhuma crise.
Até o ano de 2013 eu nunca senti nada que pudesse ser
relacionado com crise do pânico, eu nunca tive medo de elevadores, lugar cheio
de gente nem nada do tipo, entre tantas outras coisas que pode ser relacionado
a essa síndrome.
Porém durante a viagem dos meus sonhos na Disney eu tive meu primeiro sintoma, em um brinquedo no parque Epcot.
Eu já estava la por cinco dias, já havia ido em vários
parques, e fui em todos os brinquedos simuladores possíveis, pois são desses
que eu mais gosto, era um dia normal de diversão como estava sendo todos os
outros realizando um sonho de 30 anos, vivendo o momento que sonhei parte de
minha vida eu so não contava que seria ali naquele dia que eu ia entrar em pânico!
Bem quem já foi sabe que durante as filas há vários
informativos sobre a atração que se segue, pessoas, com medo de ambientes
fechados, problemas cardíacos, gestantes, enfim cada atração tem sua restrição
e recomendação, eu estava consciente das informações, mas era só mais um
simulador e eu queria muito ir, pois era um que simulava uma nave espacial indo
até marte e dizia que iríamos sentir o efeito da gravidade e fiquei empolgada
com a experiência.
Chegou nossa vez eu entrei dentro do que parecia ser uma
capsula, o monitor nos perguntou se estava tudo ok, ao nosso positivo fechou a
porta, nesse momento um cinto desses de segurança porem de barras desceu sobre
nossos peitos nos segurando e então começou a sair oxigênio dentro da
cabine...e foi nesse momento que eu entrei em pânico, eu virei pro meu marido e
disse a ele que eu não queria ir mais, que eu queria sair, comecei a gritar,
queria levantar o cinto sair de la naquele momento, entrei em desespero, fiquei
passada, gritei, comecei a apertar os botões que estavam na minha frente na tentativa de parar o brinquedo, meu marido e meus filhos se assustaram, e tentaram me acalmar, pediram
para eu respirar, e aproveitar o passeio, meus filhos falaram comigo, meu
marido falou comigo, e naquele momento passou aquela angustia, tão imediato
como ela veio, foi tudo tão estranho, tão rápido, tão sem explicação, eu só sei
que quando me acalmei eu so pensava,
‘’já vai acabar’’ já vai acabar’’ ‘e repetia pra mim mentalmente,
‘’respira, respira’’!
A sensação foi péssima, naquele momento eu tive certeza de
duas coisas, a primeira, eu não queria ficar em lugar com muita gente, de forma
que me sentisse sufocada e a segunda eu também não queria ficar em local fechado.
Os dias passaram e foi como se aquele momento nunca tivesse
existido, até eu ter que entrar no avião para vir embora, eu so pensei uma
coisa, eu não posso sentar na janela, preciso sentar no corredor sentir que
tenho espaço para respirar e assim eu fiz, quando chegamos ao destino, esperei
sentada sem me levantar as pessoas descerem, porque percebi que ao olhar aquela
fila de gente em pé esperando para desembarcar me deu certa agonia.
Bem, ja em casa a vida que seguiu sua forma normal, até que um
dia, sentada no sofá depois de um banho, meses depois da viagem, do nada de
repente tive uma arritmia cardíaca, me levantei sem dar bandeira pro marido e
filhos, disfarcei, fui ate a sacada e respirei fundo, mas aquela sensação de
que a qualquer momento eu ia desfalecer durou alguns segundos, hoje eu sei que
foi segundos,mas no momento pareceu minutos, longos e intermináveis minutos.
A sensação de que eu ia morrer ali naquele momento me
assustou muito, é uma sensação tão ruim, a gente se sente tão impotente.
No dia seguinte fui na internet buscar sobre os sintomas o
que poderia ser, comecei a achar que eu estava sofrendo de algum mal súbito, e
então depois de passar o dia lendo eu soube o que eu já temia, estava sofrendo
de síndrome do pânico, e naquele momento eu so tive dois pensamentos, ou eu
deixava aquilo tomar conta de mim, ou eu seria mais forte e tomaria conta
daquilo.
Por intercessão de Deus, eu escolhi a segunda hipótese,
comecei a ler sobre, a ver como poderia melhorar e rezava todos os dias para não
sentir mais aquilo, aquele medo, aquela falta de ar.
Eu tive uma segunda crise uns dois meses depois do nada
também, mas depois de ler tanto eu já sabia o que tinha de fazer e assim fiz.
Não passei com um médico, porque eu não senti necessidade,
mas se eu sentisse passaria, e também deixo claro aqui que o que serviu para
mim, não é via de regra para ninguém!
Temos que nos conhecer, saber de nós, e um mínimo sobre
nosso organismo.
Durante esse processo eu evitava elevadores, a ideia de
ficar presa em um acabava com meu sossego, também percebi que lugares lotado de
pessoas me davam certo arrepio, não posso me sentir presa, e nem me ver em uma
situação que possa sequer me dar a sensação de que vai me faltar ar, mas depois
de dois anos e meio sem nenhuma crise, acho que já posso dizer que já consigo
me controlar, controlar minha mente,e saber que isso é so uma coisa da minha
cabeça e que se eu souber vai passar tão rápido quanto ela chegou em minha mente.
Hoje ando de elevador, mas prefiro estar nele só do que com
mais pessoas, no avião prefiro corredor não me sinto tão presa, e também não
curto ficar olhando naquela janelinha e saber que ela não abre.
Enfim tento levar minha vida na boa superando meus desafios,
acho que a atividade física me ajudou muito, pois há quem diga que atividade física
ajuda na recuperação desses problemas.
Bem se você já teve também, se já sofreu desse mal, se ainda
sofre, enfim, comente aqui, vamos conversar sobre isso, se puder vou te ajudar
e no fundo lembre-se eu não precisei de médicos e medicamentos, mas isso não é
regra, portanto se achar que não esta dando conta procure um médico!
Bjucas SoOonhadoras
Tenho uma amiga que sofre deste síndrome e com ela partilhei momentos bem angustiantes!
ResponderExcluirBj amigo
Oi amiga!
ResponderExcluirMinha mãe às vezes apresentava os sintomas da síndrome, mas ela nunca se tratou. É muito angustiante mesmo, tanto p/pessoa como p/quem está assistindo a crise.
Bjssss amiga e fica bem distante desse pânico viu? kk
Com a graça de Deus estou caminhando cada dia para que isso seja cada vez mais parte do passado na minha vida!
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